sábado, 23 de abril de 2011

Sobre idiossincrasias


Eu não tenho cara de quem lê poesia, e também não tenho cara de quem gosta de escrever, segundo você. Vai saber o porquê, a gente tem cara de tanta coisa e tanta coisa tem a cara da gente, que vai saber o porque. No fundo mesmo, é só uma casca que ninguém sabe o que tem atrás, às vezes nem nós mesmos. Me desculpe por julgar algo que só pertence à você: A SUA forma de sentir.
A grosso modo, idiossincrasia é a maneira de ver, sentir e reagir peculiar a cada pessoa, digo isso porque acredito que as palavras não são apenas arbitrarias na maioria das vezes, mas idiossincráticas também.
O que é o amor se não um termo, uma palavra? E se palavras são idiossincráticas, elas dependem da sua forma de ver o mundo. Se amor pra mim é a mágica, pra você pode ser segurança, se pra mim é fogos, pra você pode ser companheirismo, pode ser carinho, pode ser sincronia, pode ser tanta coisa que só pertence a você.
Respeita a minha forma de sentir o mundo, mas não deixe que ela mude a sua forma de acreditar no que é o amor. E perdoa todas as coisas que muitas vezes eu falei só pra te fazer sangrar, agora eu sei que nenhum de nós pode ganhar se magoando.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

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E de repente eu não sinto mais vontade de falar, nem justificar e nem tentar entender; de repente eu não tenho mais força nem animo e nem desanimo pra sonhar nem desejar; de repente eu fiquei tão apática e tão nostálgica que eu não sei explicar nem a mim mesma. E acho que eu não sou assim. E eu sinto uma saudade tão grande de todas as flores brancas, rosas, vermelhas e azuis que eu plantei só pra que um dia atraíssem milhares de joaninhas, passarinhos, borboletas e todo resto que quisesse se aconchegar no meu jardim, mas nem todas essas flores sobreviveram e hoje eu não sei exatamente o que conquistei.
A verdade é que o meu saco de sonhos se esvaziou rápido demais, e agora eu não sei bem se confundi sonhos com ilusões. Eu nem me vi ficando tão grave e pesada, eu não me vi sangrar tão lentamente, e não vi que precisava gritar, e eu não gritei.
E eu sei bem que elegi prioridades equivocadas, eu me confundi nos sonhos alheios. Mas tudo lá fora continua rápido de mais, e eu sei bem que não dá parar.

Então eu só peço a Deus que não me deixe esquecer, que por de trás de tudo há sempre a sua mão.
 
Nachale Bispo