sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quebra-cabeça



Ao meu amor; por mais um ano de carinho, cuidados, tolerancia, companheirismo e amizade.


Vôou o tempo. E foram também tantas palavras. Espinhos; porque às vezes eu te odeio tanto, que de tanto chega quase a ser amor. E rosas; porque no segundo seguinte você me olha com aquele jeito tão harmônico que me faz esquecer todas as tempestades. Eu não sei brigar. Então eu lembro do seu “sorriso-de-dentes-pequenos” que me trazem mil ternuras, primavera. Eu não quero mais sonhar sem os teus braços me envolvendo, porque só você sabe transformar um simples beijo na testa em música e poesia.
E mesmo depois de todas essas paginas escritas, você me surpreende e me faz ser tão especial como toda mulher deveria se sentir. O nosso amor é quebra-cabeça, que há de se completar todos os dias.

(Nachale Bispo)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Borboletas




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Porque no fim das contas, ninguém esta nem aí. Enquanto você pensa que estão preocupados julgando você, eles estao no mesmo questionamento com relaçao ao que estão pensando deles mesmos, portanto: Crie borboletas no jardim, no estomago, no sorriso, na alma!

(Nachale Bispo)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

De volta à selva



É assim que funciona, todo fim de ano é uma loucura, como se eu pudesse matar um apenas com o olhar. E rolam lágrimas junto com magoas, incertezas repletas da certeza de querer ir embora, para casa, para o ninho, pra Marte se preciso fosse, se possível fosse... mas não dá. Então o ano passa, com alegrias e o sabor de estar com quem se ama, renovando (talvez) a tolerância. Estou de volta a selva.
Ainda me surpreendo com a guerra de personalidades, vez ou outra me deixo abater com a ideia de sobressair, mas para que? Eu sempre fui viajante de um mundo paralelo, mergulhada nas minhas musicas, contos e fantasias, e tentando ser "normal" eu me perdi. Adotei verdades que não eram minhas, misturei a minha essência e me perdi. Eu me perdi. Não era eu. Não podia ser eu.
Não ser igual não agrada, eu não agrado. E vez ou outra ainda me pego sofrendo, porque não se enquadrar machuca. Então o ano continua, correndo com uma pressa feroz, estou de volta a selva e com tudo a que tenho direito: saudades, vontades, medos, tpm , amizades. E passa logo, logo passa.

(Nachale Bispo)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sutilezas

Para minha amiga Mari, que compartilhou comigo sua sensibilidade


De você eu não guardo nada
Nem fotos, nem cartas, nem e-mails
Nem o seu cheiro, nem o gosto do seu beijo
Talvez eu nunca nem tenha te amado
Talvez um dia ou outro eu lembre de você
Ou talvez eu esteja mentindo um pouco
Talvez eu me lembre claramente, do lago, das arvores, dos fogos
Talvez ate mesmo do papai Noel
Talvez... ...
E me lembre das risadas, dos abraços, do apoio
Eu nunca lembrei de ninguém, e eu me lembro de você
A gente nem tinha trilha sonora, e mesmo assim
São aquelas melodias que ressoam em certas brisas do ano
De você eu não guardei nada
Porque as suas palavras quase inaudíveis
tornaram-se por si só parte do meu perfume
E a sutileza e simplicidade da sua alma acrescentaram à minha.

(Nachale Bispo)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O começo

Meu primeiro post. Abri esse espaço pra colocar um pouquinho de mim,meus textos, tentativas de poesias (todo mundo tem um pouco de poeta dentro de si né ?!?), pensamentos...; mas como eu quero começar com o pé direito o primeiro post vai ser um texto lindo da Marla de queiroz.

Sobre o Ciúme

Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia em grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso...que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatoria apaixonada que não é a minha, os resquicios do manuseio de outras maos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou coraçoes onde só havia minha dor e eu discordei da interpretaçao alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angustia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensaçao (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo. Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo. Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coraçao.

Marla de Queiroz